16/06/2010

Otiaju na Estrada - 4ª semana

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Esta semana foi marcada pelo nosso primeiro show aqui em MG. O local? Choperia Casarão: uma casa de shows no centro de Mariana, que movimenta a galera da cidade e da região. Domingão. Casa cheia desde as 5 horas da tarde. Nervosismo estava em alta. Primeiro show, público novo, casa bombando. Ingredientes ideais para deixar a (a)tensão no limite. Subimos ao palco após uma dupla de sertanejo universitário, que fez a galera cantar os sucessos do momento. Após uma rápida passagem de som, iniciamos uma improvisação para aquecer as turbinas e quebrar o gelo.
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Ah! falando em gelo... estava muito frio. Aqui em Mariana o pico mais alto, do Itacolomi, chega a 1.772 metros. Na cidade a altitude é por volta dos 1000 metros. Quando a noite cai, o frio é congelante. E pra agavar ainda mais a situação, o palco é em um quiosque na rua.
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Bom . . . Voltando ao show.
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Iniciamos tocando algumas músicas mais leves, para ir aquecendo a voz e os músculos. Agrupamos as músicas do repertório em blocos de músicas nacionais e internacionais. Optamos iniciar pelas nacionais para, em seguida, alternar para as gringas. O público, no princípio um pouco tímido - afinal estávamos apresentando um show em uma linhagem musical diferenciada das normais daqui de Mariana - aos poucos foi se soltando, cantando e dançando ao som de grandes clássicos. As músicas foram se seguindo: Cássia, Legião, Paralamas, Clapton, Floyd, Beatles, Benjor, Marina, Marley.
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A Julia, que anda pesquisando novos elementos percussívos, levou ao palco um instrumento inusitado: uma táboa de carne, à qual ela percutia uma colher de pau, fazendo um reggae de primeiríssima qualidade e levando a galera ao delírio. Aliás, não é novidade o fascínio que ela exerce sobre o público. Seja tocando as castanholas, reinventando o pandeiro, esmirilhando o cajón ou o tambor, ou então tirando sons de elementos comuns do dia-a-dia como a tábua ou raquetes de frescobol. É inquestionável essa atração que ela causa ao público.
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As músicas próprias, como não poderia deixar de ser, não ficaram de fora do setlist deste show. Tocamos a animada 'Da cor do verão', a elétrica 'To voltando' e a apaixonada ' Samba Blues'. A aceitação das músicas foi boa, com algumas pessoas inclusive cantando junto 'Esse é o samba-blues que eu fiz pra você'.
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O show teve uma hora e quarenta minutos de duração, com direito a bis e muitos pedidos para que tocássemos mais músicas. Porém nosso tempo havia se esgotado e a próxima atração, o DJ de uma boate associada ao bar, já estava a postos para tocar (não sem antes tocarmos mais um último Bob Marley a pedido dele).
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A agenda segue com um show no Restaurante Cozinha Real, na sexta-feira 18/06, com um repertório mais voltado para as baladas e clássicos do rock.
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Enquanto isso continuamos com nossas atividades de pesquisa, e desenvolvimento cultural.

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